Prosavana - Discussão ao rubro
Há muito tempo que não coloco aqui nenhuma partilha. Sobram-me, felizmente, coisas para escrever e por isso o tempo não dá para tudo.
Ainda não escrevi sobre a questão do chumbo com que a Frelimo recusou, liminarmente, o projecto de autarcização provincial proposto pela Renamo. Espero, num destes dias, vri aqui falar do assunto.
Agora quero falar de outra questão mais que controversa: o Programa PROSAVANA. Respondi à convocatória da DPA e compareci numa sessão de apresentação e, dizem os autores, de auscultação da opinião pública.
A apresentação foi feita por um técnico que, aparentemente, imaginaria que toda a assembleia tinha competência técnica para perceber tudo. Que irrealismo. Nem eu, que sei ler e escrever, e falo português, consegui perceber. Claro, porque me faltam competências técnicas - de natureza económica, de sociologia do desenvolvimento rural, de economia, etc.
O Governador Vitor Borges, com muita simplicidade presidiu e moderou o encontro. No tempo do debate, logo surgiram uns quantos intervenientes, que metiam dó pela sua incapacidade crítica, limitando-se a concordar como quem tinha o discurso encomendado.
Uma camponesa do Mutuáli, onde nestes dias as contradições estão ao rubro, expressou-se em sentido contrário e disse: "Nós lá no Mutuáli estamos com diarreia quando ouvimos falar disso de Prosavana. Estamoss a ouvir o mesmo português de quando apareceu a AGRIMOZ ... E agora temos muitas pessoas sem terra.
Também intervim, para dizer uma coisa fundamental: vim aqui para ver se ia escutar aqui discussão contraditória de gente competente, que me ajudasse a perceber. Com a exposição feita, fiquei a saber o mesmo. Recomendo, por isso, ao Governo, que procure debater este assunto a sério, convidando pessoas competentes, E sugeri: creio que o Prof João Mosca, que já não vejo há muitos anos, poderá ajudar-nos a ver isto com realismo, com objectividade, sem preconceitos. Até agora, como disse o P.Victor Ulhoa (Vida NOva e Rádio Encontro), só podemos desconfiar...
Quis ter dito mas acabei não dizendo: o que se iria passar, realmente, com as terras dos camponeses: este é o cerne do assunto. Há ou não escorraçamento de camponeses?
Aproveitei a oportunidade para pedir ao Governador que transmitisse ao PR um conselho meu: que tratem de criar um sector público onde se pratique o contraditório. Aqueles que passam o tempo a dizer bem, são perigosos!
entre a população e o administradoro ambiente está super-quente
, ia dando a palavra,