Areópago da Justiça e da Ética
Em mais uma aparente (pseudo)iniciativa de subserviência, a
Procuradora Geral da República de Moçambique, Senhora Buchilli, viu-se
constrangida a processar o Professor Nuno Castel Branco e o jornalista Mbanze, do
Mediafax. No momento em que escrevo ainda não percebi a que título Fernando
Veloso, director do Canal de Moçambique
foi notificado para o mesmo julgamento já neste dia 31 de Agosto: se como
arguido (parece que não foi constituído como tal), se como testemunha e, neste
caso, de quem ou de quê?
Mas neste caso também o santo se vai virar contra a esmola.
Dos mais conceituados jornalistas deste Moçambique (mesmo da área governamental) aos mais credibilizados
membros da Frelimo (com provas de dedicação patriótica mais que conhecidas),
passando por muito e respeitado pé-descalço, de muitos tenho ouvido e
lido a opinião: este julgamento é uma insensatez.
Não tenho dúvida de que Deus conduziu o Prof Castel Branco
como os judeus levaram Jesus à presença de Pilatos. Também, em medida muito
mais pequenina, já tive oportunidade de falar em tribunal ciente do meu papel
de cristão, animado pela palavra premonitória de Jesus aos seus discípulos “Sereis levados à presença de reis e
tribunais e muitos matar-vos-ão pensando dar glória a Deus”.
Em vez de uma
competente Assembleia da República para os Assuntos Económicos, o Prof. Castel
Branco é levado a julgamento para aí (voltar) a proclamar aquilo que, com
mestria e sabedoria, já nos vem ministrando como avisos para o futuro deste
rico país com um povo já tão espoliado e tão empobrecido. Sérgio Vieira foi o último gurú a vir a terreiro.
Espero que a liberdade de informação não só não seja deliberadamente
cerceada mas, empenhadamente assegurada pelo tribunal. Para reforço
da sua própria idoneidade! O estado colonial fascista costumava encher a sala
com os seus “capangas” antes de abrir a sala ao público. Garantia, assim, que
os "curiosos" jornalistas já não teriam assento na sala do julgamento. Certamente
que tal malvadez não vai acontecer no Maputo neste dia 31 de Agosto.
É óbvio
que os jornalistas serão os olhos e os ouvidos assestados de toda a comunidade
nacional e internacional sobre o brilhante Mestre Professor Doutor Castel
Branco e o humilde servidor da Verdade na Mediacoopo – Mbanze – subitamente
transfigurados, no palco da justiça, de acusados, não em acusadores, mas em
juízes e defensores da causa nacional! É este o meu vislumbre que partilho com
todos os que apaixonadamente nos empenhamos pelo Bem do Povo Moçambicano.