Recebi algumas reacções de pessoas amigas ao post com este mesmo título "Novos Cèus e Nova Terra"
Pelo interesse que me parece que têm em termos de intercâmbio de opiniões, aqui transcrevo duas.
1ª reacção
" Li o artigo e achei bastante interessante, sobretudo por manifestar as suas reais convicções...Ultimamente fomos habituados a ler e ver na televisao analistas a defenderem mais o que os outros (alguns) pretendem do aquilo que o bom senso evidencia...
Nao sei se foi a melhor forma...mas foi a forma possivel de se fazer algo em prol duma suposta mudanca que viesse em defesa do povo, que clama deseperadamente por Socorro do sufoco que lhe está a ser imposto (ao chegar-se onde se chegou creio k valeu a pena , alias tudo vale a pena se a alma nao e' pequena) com todas as tristezas, desgracas e sofrimentos pelo que o povo passou ...
Os discursos da renamo trazem no fundo um subjacente pedido de perdao...os discursos do governo (ultimos) nao sendo de arrogância desmedida, pretendem tapar o sol com a peneira fazendo transparecer que não tem culpas no cartório e agiu da melhor maneira...e aqui nem quero dizer que um é melhor que o outro...
o xadrez politico alterou substancialmente as regras internas de fazer politica...estamos a trazer soluções antigas para problemas novos (alguns) e influenciados por tendências que marcaram fases do nosso percurso politico...funciona pouco...tem de haver muito boa vontade de quem de direito para alterar este estado de coisas e dessa attitude dependerá o futuro do Moçambique...
Tome que rumo tomar, Moçambique nunca mais vai ser o que era antes e o que tiver que acontecer somente o futuro no-lo dirá... e tem que se tomar consciência dessa realidade presente...
É apenas um ponto de vista...
O autor desta opinião, a quem perguntei se podia também publicar a sua identidade, recomendou-me:
"pode dizer que recebeu de uma pessoa amiga...tristemente ainda tem de ser assim..."
Vemos bem que o medo ainda prejudica muito a saúde democrática por que todos ansiamos.
2ª reacção:
"Zeluzia,
Cheguei tarde tarde em frente a tela de televisão, me encontro em Nacala para mais uma semana de aulas modulares mas, tive a oportunidade de assistir a assinatura do acordo geral de Maputo. Ainda nao tive a oportunidade de ler o conteúdo inserido nos tais documentos o que, suscita alguma expectativa. Mesmo assim, os entrevistados manifestaram algum optimismo.
Me surpreendeu deveras o discurso de Afonso Dhakama: muito curto reconciliatório e essencialmente recheado de urbanismo, cidadania e muita humildade. É pena tenha sido tudo feito à custa de sangue de inocentes. Desta vez me parece estar convencido de, com apoio e ajuda de facilitadores, ter resolvido os problemas que, em Roma, não terão conseguido, por não terem percebido as peripécias do governo do dia, na altura.
Percebe-se que os negociadores acutais, com ajuda de facilitadores nacionais e com alguma mão do exterior, suplantou a vontade endógena. Os apelos à não violência que os seis dias no minimo tentaram mostrar me parce ter sido a maior prenda para os que vivem e querem pacificamente viver em Moçambique. Quem teria elaborado discurso? Acreditamos que tera sido escrito por ele próprio.
Por sua vez, o senhor Armando Emílio Quebuza, num discurso que afastou todas as hipóteses de caça às bruxas, na presença de toda a ala conservadora de seus companheiros, criou o fundo de pacificação. Como disse, não tem intenções de distribuir dinheiro mas apoiar, de certa maneira, aquelas forças residuais da Renamo, relegadas para o plano secundário.
Denotou-se alguma sinceridade na cara dos fazedores para a devolução da paz aos proprietários dessa paz que, não sendo povo, vivemos neste pedaço pertença de todos os que se acham moçambicanos. Somos ainda um povo e uma nação em formação...
As reações das pessoas não se fizeram esperar, com elogios por todos os lados. A esperança renovada. A campanha de Daviz não parou, continuou com festa gratuita apelando ao voto e à mudança de atitude inclusiva. Respeitaremos o calendário de mais 20 anos de paz? Eu acredito que sim. (SCTurra)