terça-feira, 26 de agosto de 2014

Paz com cautela

A notícia correu célere e de todo o lado surgem manfestações de apreço pela Paz reencontrada. Não há, no entanto, euforias. Como que toda a gente se interroga: desta vez será a sério? Que ela seja eterna, digo eu.

Mas sentimos bem que depois do evitável martírio de inocentes durante mais de um ano de retorno à guerra não declarada (só agora se declarou a cessação das hostilidades de uma guerra nunca declarada), as pessoas estão desconfiadas.

Quem provocou um reacender, 20 anos depois do AGP-1992, será mesmo digno de confiança? Não voltará a violar o que nunca chegou a cumpriri de verdade?
 Todos fazemos votos, claro: que ela venha para não mais se ir embora. Que fique mesmo.

Definitivamente. Mas ninguém faz actos de fé. Sim, porque, lá diz o ditado: "Gato escaldado de água fria tem medo", ou, melhor dizendo, "coitado do mentiroso, mente uma vez mente sempre e mesmo que fale verdade, todos lhe dizem que mente".

De todos, de uma sociedade que pacientemente acompanhou o sender da arrogância e do autoritarismo, depende o êxito efectivo.

Vigilância, como se pregava há 40 anos, nas horas da Independencia, Vigilência popular, eis o que faz falta. Vigilência efectiva, comprometida. Por uma Paz eterna!
Conquista de cada dia. Nunca está defintivamente estabelecida!