sábado, 29 de agosto de 2015

O Julgamento do Ano: Castel Branco e M'banze



 Areópago da Justiça e da Ética
Em mais uma aparente (pseudo)iniciativa de subserviência, a Procuradora Geral da República de Moçambique, Senhora Buchilli, viu-se constrangida a processar o Professor Nuno Castel Branco e o jornalista Mbanze, do Mediafax. No momento em que escrevo ainda não percebi a que título Fernando Veloso, director do Canal de Moçambique foi notificado para o mesmo julgamento já neste dia 31 de Agosto: se como arguido (parece que não foi constituído como tal), se como testemunha e, neste caso, de quem ou de quê?



 Na minha vida pessoal de crente, sinto um prazer inaudito em saborear – e tratar de vislumbrar – a verdade do aforismo popular “Deus escreve direito por linhas tortas. Quem, verdadeiramente vai ser julgado, não são os ditos acusados, mas quem está por detrás da acusação: os que, segundo variadíssimas opiniões, de gente competente e já reportadas, se atreveram a abusar do poder político para inventarem um crime contra a segurança do Estado e de abuso de liberdade de imprensa.

Mas neste caso também o santo se vai virar contra a esmola. Dos mais conceituados jornalistas deste Moçambique (mesmo da área governamental) aos mais credibilizados membros da Frelimo (com provas de dedicação patriótica mais que conhecidas), passando por muito e respeitado pé-descalço, de muitos tenho ouvido e lido a opinião: este julgamento é uma insensatez.

Não tenho dúvida de que Deus conduziu o Prof Castel Branco como os judeus levaram Jesus à presença de Pilatos. Também, em medida muito mais pequenina, já tive oportunidade de falar em tribunal ciente do meu papel de cristão, animado pela palavra premonitória de Jesus aos seus discípulos “Sereis levados à presença de reis e tribunais e muitos matar-vos-ão pensando dar glória a Deus”. 

Em vez de uma competente Assembleia da República para os Assuntos Económicos, o Prof. Castel Branco é levado a julgamento para aí (voltar) a proclamar aquilo que, com mestria e sabedoria, já nos vem ministrando como avisos para o futuro deste rico país com um povo já tão espoliado e tão empobrecido. Sérgio Vieira foi o último gurú a vir a terreiro.

Espero que a liberdade de informação não só não seja deliberadamente cerceada mas, empenhadamente assegurada pelo tribunal. Para reforço da sua própria idoneidade! O estado colonial fascista costumava encher a sala com os seus “capangas” antes de abrir a sala ao público. Garantia, assim, que os "curiosos" jornalistas já não teriam assento na sala do julgamento. Certamente que tal malvadez não vai acontecer no Maputo neste dia 31 de Agosto. 

É óbvio que os jornalistas serão os olhos e os ouvidos assestados de toda a comunidade nacional e internacional sobre o brilhante Mestre Professor Doutor Castel Branco e o humilde servidor da Verdade na Mediacoopo – Mbanze – subitamente transfigurados, no palco da justiça, de acusados, não em acusadores, mas em juízes e defensores da causa nacional! É este o meu vislumbre que partilho com todos os que apaixonadamente nos empenhamos pelo Bem do Povo Moçambicano.